Carolina Dieckmann chega e logo dispara: "Quis vir com uma roupa bem ‘low profile’, este vestidão e rasteira, para ficar claro que sou outra pessoa. A Carolina é a Carolina, e a Teodora é a Teodora". O medo da atriz é compreensível. Na pele da periguete de "Fina estampa", ela vive sendo chamada pelo nome de sua personagem nas ruas e, como conta, escuta de tudo. "Tudo mesmo!", reforça. Mas de semelhante com a louríssima de caráter ainda indefinido, a intérprete não tem nada. Sequer o estilo.
— Todos os dias, quando acaba a novela, falo para a Ana, minha empregada: "E aí?". Às vezes, termina o capítulo e ela está me odiando. Em outras, está me amando. Ali, sinto o que as pessoas estão achando. É a opinião de uma pessoa que sabe que não sou a Teodora e, mesmo assim, coloca esses sentimentos para fora. O Tiago (Worcman, marido da atriz) está até meio chateado, porque acabou o jantar para ele na hora da novela. Já libero: "Tiago, faz seu prato, por que as meninas têm que me dar a opinião delas" — conta a atriz, que comemora o bom momento: — Teodora está sendo uma personagem bem agradável. Ela é carismática. Mesmo quem não gosta, gosta de dizer que não gosta e quer ver o que vai acontecer se ela se ferrar. Está sendo muito gostoso de fazer. Não tenho escutado nada de ruim... Que bom!
Linda, loura e provando novamente o doce gostoso de cair nas graças do público, Carolina lembra de como foi amarga sua última personagem, rejeitada ao ponto de o autor Silvio de Abreu precisar matar a mocinha de "Passione".
— Olhando para a Diana, acho que ela foi um sucesso. A coloco no "top três" das minhas atuações. Olho aquelas cenas e penso como eu estava bem naquele papel. Ela não pegou porque a história dela não tinha carisma. Mas era a mesma menina do começo até sua morte. Foi um trabalho maduro, reto. No final, o Silvio até deu umas declarações falando que não tinha acertado tanto no jeito de contar a história da Diana — rebate a atriz, que contou com uma ajudinha: — No auge daquela confusão da Diana não escolher o Mauro, encontrei com a Cássia Kis depois de uma gravação e ela falou: "Carol, você é uma excelente contadora de histórias. Não sai do seu trilho. Fica!". E toda vez que pensava em dar uma luzinha para a Diana, lembrava da Cássia e falava "Não!".
Como o povo gosta!
Pelas ruas do Projac, Carolina para o trânsito. É difícil registrar de onde vem todos os gritinhos de "gostosa", "linda" e "absoluta". Três quilos mais boazuda e bem mais loura do que de costume, embora esteja se sentindo poderosérrima como trintona, a carioca de 33 anos parece não estar de bem com o visual:
— Estou bem insatisfeita! Acho que está todo mundo gostando por que faz parte dessa cultura brasileira a mulher ter um coxão, um bundão. Mas não é a minha. É o corpo que fiz para a Teodora. O meu padrão de beleza é mais mignon. Fico feliz quando alguém me chama de gostosa, mas ao mesmo tempo... Caramba! (risos).
Fã de carteirinha de Carol, o maridão dela está no time dos que andam louvando seu corpão, desenhado nas aulas de muay thai cinco vezes por semana.
— O Tiago está achando ótimo! Ótimo!!!! Homem, né? — diverte-se.
E por falar em Tiago, o que será que o marido da loura está achando das sequências de tirar o fôlego protagonizadas por Teodora e Quinzé (Malvino Salvador)?
— Nesta novela não teve demonstração explícita de ciúme, não. Em "Passione" teve. Depois de uma cena minha no banheiro com o Marcelo Antony, o Tiago questionou por que eu estava pelada e, ainda por cima, o Marcelo com a mão no meu peito. Ele ficou bege! Pensei: "Meu Deus, o que vou falar"? É tão natural para mim, que não me toquei que estava falando com o meu marido — comenta Carol, mostrando a diferença das gravações com Dudu Azevedo (Wallace) e Malvino: — Claro que tem a história da química também, mas acho que o Wallace e a Teodora não tinham muito envolvimento. Era sexo superficial, brincalhão. Ele bate, joga ela na parede, dá tapa na cara... É uma paixão vulnerável. O Quinzé e a Teodora têm mais a ver com o que o público espera de uma novela. Aquele amor! Mexe mais com o povo.
Depois de ser rejeitr Carolina Dieckmann em “Passione”, na pele da apática Diana, o público se rende ao charme e talento da loura em “Fina estampa”. A força da quase vilã Teodora é tamanha, que sensibiliza até Carolina, mãe de José, de 4 anos, e Davi, de 12:
— A Teodora é totalmente desleixada. Chorei quando li sobre o abandono do Quinzinho (Gabriel Pelícia), foi muito forte. Pensei: "Caramba, como vou fazer isso"? Que doido essa personagem aparecer para mim. Mas para uma atriz que ainda não foi mãe, não dá aquele peso negligenciar essa relação. E filho é uma coisa tão presente na minha vida. Olho para o menino e vejo o José. É difícil para caramba separar as histórias.
Se para a intérprete é difícil dividir, imagina para o seu caçula, saber quem é a mãe Teodora e quem é a mãe Carolina? Quando se deparou com a personagem esbravejando com Quinzé (Malvino Salvador), José se trancou no quarto, aos prantos. Protetora, Carol proibiu o menino de assistir a "Fina estampa":
— "Mamãe, você tá muito brava na televisão!", ele me disse. Ficou muito impressionado, tadinho. Talvez por que nunca tenha me visto falando com ninguém daquele jeito. E, nessa idade, não dá para explicar que aquela não é a mamãe.
Gostosa, sim. Nua, não!
Pelos filhos, Carolina faz de tudo. Inclusive, negar altas cifras. A postura sexy já lhe rendeu vários convites para posar nua. Todos negados. E dentro daquele corpitcho voluptuoso de Teodora, ouriçou novamente as revistas masculinas...
— Posar nua não tem muito a ver com a minha vida nesse momento. Penso muito nos meus filhos. Se não fosse por isso, fazendo agora uma personagem gostosona, talvez não me importasse. Essa postura me acompanha. Se estou mais livre com o meu corpo, era a hora certa de fotografar essa fase que todo mundo está achando linda. Não tenho problemas com a nudez — garante a moça.
Sunday, December 11, 2011
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